Descrição
Poemário da fronteira
Brochura
Jorgelina Tallei e Renata Alves de Oliveira. Ilustrações: Karla Vidal
Luiz Antônio Marcuschi, um dos maiores linguistas do Brasil e do mundo, sempre fez muita questão em destacar a importância da oralidade para uma língua. Há duas formas de se entender a língua. Você pode escolher entendê-la como um conjunto das normas do que “pode” ou “não pode” falar e escrever ou pode escolher entendê-la como organismo vivo e político que se modifica ao passar do tempo e cuja mudança tem início na oralidade.
Graças à Marcuschi e outros grandes teóricos da linguística, esse segundo entendimento coloca a língua como um elemento de natureza política que dá base a nossa comunicação. Essa natureza política pode fazer de uma língua um instrumento de inclusão ou exclusão de quem a fala. Essa dimensão política confere à língua o poder de ser um instrumento tanto de inclusão quanto de exclusão. Contudo, sua natureza política também revela aspectos mais profundos, como histórias, memórias e afetos.
E são justamente essas histórias, memórias e afetos que motivaram as autoras a escrever um novo livro, o “Poemário da Fronteira” que mostra através de poesias escritas em Portunhol que a fronteira é um espaço de várias pessoas e de vários falares como bem disse Debora Cota (UNILA) no texto da quarta capa do livro. Além disso, o “Poemário da Fronteira” aprimora essa reflexão ao incorporar ilustrações, conferindo à produção baseada na oralidade um componente visual que evoca memórias e afetos familiares aos residentes da região e fascinantes para aqueles que os desconhecem. Essa abordagem visual foi cuidadosamente desenvolvida por meio de pesquisa e colagens digitais realizadas por Karla Vidal.
Não satisfeita em apresentar esses afetos e memórias, a obra também convida o leitor a participar criando e registrando os seus próprios afetos e memórias nas páginas do livro.
Sobre as autoras
Olá! ¡Hola! Meu nome é Renata e eu sou mestiça, migrante, latino-americana, professora, escritora e contadora de histórias para crianças. Sou mamãe de um piázinho e de uma piázinha da frontera. Sou, também, uma pesquisadora apaixonada das “misturanzas” das línguas nos lares, nas escolas, nas ruas e na fronteira. Atualmente, curso doutorado no Programa de Pós-Graduação Sociedade, Cultura e Fronteiras da Unioeste em Foz do Iguaçu. Compartilho buscas e descobertas sobre as línguas na página @parlafalabla (Instagram). Assim como “Abracadabra”, “Parlafalabla” é uma palavra mágica criada a partir de uma brincadeira multilíngue que une os vocábulos Parla/Parle, Fala e Habla. Representa, para mim, a magia do multilinguismo, presente neste poemário fronterizo. Espero que este livro desperte desde tiquititos a grandotes para as diferentes línguas, culturas e perspectivas de toda a gente.
Fronteriza, metade e metade, professora e escritora. Nessa ordem. Falam que tenho sotaque marcado e que falo um espanhol entreverado, mas também um português tudo mesclado. Que será que tem a fronteira que nos convida a ficar? Sou fronteriza, argentina e brasileira, professora de espanhol na Universidade Federal da Integração Latinoamericana (UNILA). Escrevo sobre o afeto de morar na fronteira trinacional pois aqui aprendi a brincar, amar e misturar. Minha língua é o portunhol e te convido a brincar.
Nordestina, sócia e editora da Pipa Comunicação Editorial onde atua há 18 anos no desenvolvimento de projetos que unem comunicação, design e educação. Formada em Comunicação Social com habilitação em Rádio e TV pela UFPE, com especialização em Design Gráfico pelo California Institute of the Arts e desenvolvimento profissional em Digital Literacy pela Universidade de Rhode Island. Cria imagens das mais variadas formas todos os dias com o objetivo de ajudar a dar vida a projetos que vão de livros impressos a mídias digitais.
Vídeo de lançamento
Ficha Técnica
Autoras: Jorgelina Tallei e Renata Alves de Oliveira
Edição e diagramação: Karla Vidal e Augusto Noronha
Capa, projeto gráfico e ilustrações: Karla Vidal
Revisão: Augusto Noronha
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